MAIS QUE AMAR, É APRENDER A VER O OUTRO

O amor sempre foi cantado e destrinchado por poetas, artistas e cientistas. Mas nunca foi missão fácil explicar o que é o amor, ou ensinar como amar.
Como seres racionais sempre tentamos achar uma razão, uma lógica que nos faça entender o que é esse conjunto de sintomas que sentimos quando estamos juntos da pessoa certa. Faz parte de tentar controlar o que sentimos, manter as rédeas no meio de tantos medos que o amor nos traz.

Não adianta. O amor não pode ser explicado, não tem fórmula, não pode ser evitado. Quando ele entra na sua vida, tudo muda. E cada um tem um jeito de se relacionar com ele. Alguns vivem intensamente como se fosse oxigênio, outros tentam disfarçar, mas como vivenciar o amor de forma plena? Aqui entra a parte do aprendizado. Amar exige muito exercício. Se apaixonar é fácil, mas amar de verdade é outra coisa.

Amar de forma plena, exige muita empatia. É o ceder um pouco do "eu", para dar espaço ao "nós". É colocar outras lentes para enxergar o mundo. O amor não é cego, como muitos dizem. Amar é enxergar o outro e abraçar não só o que é lindo e fácil, mas o que nos torna humano e aceitar de forma verdadeira a outra pessoa por inteiro. Não é fechar os olhos para o que não está de acordo, mas trabalhar a dois o que precisa ser melhor sintonizado. Isso! Amor é sintonia. É vibrar na mesma frequência em harmonia.

Para estar sincronizado com o outro é necessário primeiro conhecer bem a si mesmo. Você nunca conseguirá achar o equilíbrio entre dar e receber se não souber o que é essencial para você, o que torna você único, a sua individualidade. Se aprofundar e entender o outro, passa pelo entendimento de nós mesmos. Dessa forma você consegue se doar sem frustrações, sem arrependimentos.

A partir daí, você passa a escutar o que está sendo dito mesmo sem se dizer nada. Entende como pode apoiar, sem precisar que a outra pessoa peça. Aprende quando o silêncio e o afago é o melhor remédio e um sorriso pode ser o bastante para mostrar que tudo vai ficar bem.

Amar de forma plena é despir-se de julgamentos. Não há réus. É olhar na mesma direção, sem pressa, juntos. Realizar o momento com gratidão.
Amar plenamente, nem que por um curto período, faz valer todo esforço, compensa por uma vida inteira.