Selo Eu Reciclo Lendo Qual é a sua jornada? 4 minuto Próximo Simplesmente mulher

PaccobyO que é mais importante, a jornada ou o destino?

Acredito que se respondermos rapidamente esse questionamento pode ser que o mais importante seja o destino final. Será mesmo?

Vamos analisar o nosso cotidiano para verificar se a nossa resposta possui sentido a nossa realidade aplicada. Quando estamos fazendo uma trilha, ou no passeio de barco, ou na viagem de carro a praia, dentro no ônibus ou no metro. Qual é o primeiro pensamento que vem a nossa cabeça? Nossa, quero aproveitar muito quando eu chegar. Quero descansar muito quando eu chegar.

De forma simplória, estamos apenas preocupados e focados em nosso destino. Porém, será apenas o destino o mais importante? Será que o destino é importante? O que reflete no destino?

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Quando pensamos apenas no destino, automaticamente anulamos nossos órgãos sensoriais para perceber o que está acontecendo durante toda a jornada, ou seja, paramos de observar o que está acontecendo ao nosso redor, as pessoas que estão fazendo parte daquele momento. Passamos a não viver de maneira plena aquela etapa, consequentemente nos tornamos ausentes no sentido da entrega, observação, concentração, do aprendizado, prazer, relaxamento, e etc.

Infelizmente somos criados e condicionados desta forma. Quem nunca escutou a frase de uma criança ao seus pais dizendo, Já chegou? Mas está chegando? Está em nossa formação e que invariavelmente implicará em todo o resto das atividades que nos propusermos a desenvolver.

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Fazendo analogia ao ambiente corporativo temos o planejamento para as metas. Após as centenas de milhares de reuniões de planejamento para elaborar o melhor caminho para a meta, encerra-se o discurso com: - Pessoal a meta precisa ser cumprida, seja lá como for.

No final, quando verificamos os resultados a única coisa que estamos preocupados é se a meta foi ou não atingida. Novamente faço os mesmos questionamentos. Será que o mais importante é a meta, ou tudo o que aprendemos ao longo do caminho para que chegássemos a ela? Será que vivenciamos cada etapa desse caminho de forma plena, consciente, 100% de entrega, cabeça vazia e livre de pensamentos negativos para que o resultado fosse alcançado?

Acredito que a resposta para a grande maioria dos questionamentos seja "Não!" Porque em toda reunião de resultados finais existem os questionamentos: Se eu tivesse feito isso... ou se eu tivesse feito daquela forma... porque não me avisou disso... e etc.

Esses questionamentos demonstram que cada pessoa não estava observando tudo o que estava acontecendo ao seu redor, não estava em sinergia com o time, não estava atenta as situações, não estava em plenitude com a sua atividade naquela determinada etapa.

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Acredito que este seja um dos maiores passivos das novas gerações (Y, Z e etc) para as grandes empresas.

(Re)educar a forma de como essas gerações devem realmente se comportar frente aos cenários nos quais são submetidos, (Re)educar a forma da percepção, (Re)educar na forma de encarar os desafios, (Re)educar seus órgãos sensoriais, (Re)educar a forma de viver ainda melhor.

Essas empresas estão com ausência de verdadeiros Guerreiros, conhecidos no meio corporativo como Líderes. Aqueles que estão aptos a resiliência, a não desistir, a jogar pelo time, a focar em cada etapa do seu caminho, jogador de observação, astuto e de inteligência, não necessariamente querendo ser melhor ou pior que ninguém, apenas sendo ele, exaurindo todas as suas habilidades, o jogador do passe e não, necessariamente, do Gol.

Essas gerações estão "cheias" de vazios, de ansiedade, de incerteza, de falta de tempo, falta de olhar e observar, de viver ao invés postar, de preocupação em falhar, na concorrência desleal, nos problemas que enfrentarão, na pressão familiar, na preocupação da reprovação pública e etc.

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E como resolver isso?

(Re)pensar de como estamos criando nossos jogadores. Explicando que o mais importante está em vivenciar a jornada, e que o resultado final, pode ser o ouro (com certeza será se for feito de forma plena), porem se for a prata ou bronze, o importante foi a experiência adquirida ao longo da jornada.

Fonte:
Conteúdo Bruno Justo